Quer mais mulheres na liderança? Comece no dia 12 de Outubro

14/06/2017

Por que as meninas não podem ganhar carrinhos? Mulheres não dirigem na nossa sociedade?

A falta de diversidade de gênero nas empresas e os desafios das mulheres para avançarem em cargos de liderança são fruto de estereótipos e pressões culturais.  

Quando falamos de meninas e meninos, isso fica muito evidente. Se a menina é curiosa, assertiva e determinada, os adultos dizem que ela é cheia de vontades e mandona. Se o menino é bagunceiro e desobediente, ouvimos que ele tem muita energia e vontade própria e, certamente será um vencedor.

E quando pegamos a nossa lupa dos estereótipos, vemos muito mais claramente de onde vem todas essas categorizações: dos papéis que se espera de meninos e meninas.

Eu queria muito adotar uma criança, mas tem que ser menino. Menina é muito complicada e dá mais trabalho. Tem que colocar laço no cabelo... um monte de frescuras.

Depoimento de uma aluna, durante o café em um dos nossos cursos sobre liderança feminina.

Chocada, minha amiga e sócia, Renata Moraes perguntou: Estamos aqui num evento com 60 mulheres e tem alguma delas com laços no cabelo? A aluna se calou e a conversa parou por ali.

Durante o workshop, quando mostramos os dados de diferenças salariais entre homens e mulheres no Brasil, ocupando as mesmas posições e cargos (mulheres ainda ganham 25% que homens), Renata falou em tom de ironia: "Os gestores têm mesmo que pagar menos para as mulheres, afinal elas são mais complicadas e dão mais trabalho". Ao final, a aluna veio falar que percebeu o quanto ela (e todas nós!) repete mantras que nos foram ensinados, sem fazer reflexão alguma sobre o assunto.


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E o que o dia das crianças tem a ver com isso?

Por que as meninas não podem ganhar carrinhos? Mulheres não dirigem na nossa sociedade? Empresas de transporte coletivo urbano já estão à caça delas, por se destacarem na profissão.

Por que homens não podem ganhar bonecas ou panelinhas? Cada vez mais meu amigos tem se mostrado ótimos pais e ficaria aqui até amanhã se quisesse listar os nomes dos melhores cozinheiros do mundo.

Os padrões de brincadeiras e brinquedos se repetem

Nas férias, procurando diversão para minha filha Rafaella de 4 anos, achei o anuncio abaixo no site de um shopping em São Paulo. Olhem bem para a linguagem que descreve as atrações. Nem preciso dizer que os meninos são desafiados a pensar e as meninas são estimuladas a serem bonitas e agradarem aos espectadores. Rafaella passou longe desse shopping, é claro.

E olhem que nem estou discutindo aqui, o Índice Pink de Preço. Uma consultoria internacional fez um levantamento de preços entre itens similares (brinquedos, eletrônicos, roupas), mas de cores diferentes e descobriram que os itens cor de rosa são até 37% mais caros do que os outros.

A questão não é meninas brincarem só com brinquedos de meninos e vice-versa. A questão é que não existem brinquedos de meninas e brinquedos de meninos. Brinquedos não tem gênero. Rafaella ama Frozen e Darth Vader. E isso é o que importa: Ela pode ser, gostar, ganhar e querer o que quiser. E é isso que os presentes do dia 12 de outubro devem dizer para as crianças: Você pode qualquer coisa!

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