Diversidade de gênero gera negócio

06/08/2017

Ao contrário do que muita gente ainda pensa, diversidade de gênero não é papo de empresa preocupada com responsabilidade social. 

Cada vez mais se sabe que diversidade de todos os tipos gera competitividade para os negócios. E muitos estudos recentes vem comprovando os benefícios de termos mais mulheres nas empresas...em especial nas posições de liderança.

Reúno aqui os dois argumentos que considero mais fortes e que sempre usamos, seja nas palestras da ImpulsoBeta ou em reuniões com empresas que querem começar a promover o avanço das mulheres. 

Você pode usá-los para embasar uma proposta para sua organização investir no assunto ou para esclarecer os incautos que mantém visões obsoletas sobre as perspectivas para as mulheres no mercado de trabalho.

Diversidade de gênero favorece inovação

Pessoas diferentes trazem visões mais amplas nas discussões de soluções, oportunidades, produtos e serviços. 

No estudo Diversidade Global e Inclusão: Promovendo a inovação por meio de uma força de trabalho diversa (Global Diversity and Inclusion: Fostering Innovation Through a Diverse Workforce), realizado pela revista Forbes com 321 grandes empresas globais com receitas superiores a US $ 500 milhões em receita anual, 85% das empresas concordaram ou concordaram fortemente que a diversidade é crucial para promover a inovação em sua força de trabalho.

Um grupo de profissionais com diferentes experiências pessoais tem maior probabilidade de propor novas formas de trabalhar e resolver os desafios que a empresa se propõe a solucionar. Enquanto num grupo homogêneo é menos provável que se questione velhas atitudes.

Diversidade na liderança é sinal de meritocracia de verdade

Ter mulheres em posições de destaque e na alta hierarquia é um bom indício de que a empresa aprendeu a lidar com as diferenças e reconhecer um bom desempenho profissional independente de sua origem. 

Considerando que o talento e a capacitação estão igualmente acessíveis para homens e mulheres (60% dos bancos universitários no Brasil são atualmente ocupados por garotas, por exemplo), não ter mulheres na liderança significa abrir mão de parte de uma massa de trabalhadores muito qualificados... 

Muitas vezes substituindo-os por profissionais menos preparados mas que estão mais de acordo com o estereótipo visto como mais adequado.

O estudo O paradoxo da meritocracia nas organizações (The paradoxo of meritocracy in organizations) publicado por pesquisadores do Massachussets Institute of Technology (MIT) e pela Indiana University em 2010 identificou que as organizações que mais reforçam a meritocracia em sua cultura, sem reconhecer as necessidades de grupos em condições diferentes, tendem a apresentar maior índice de práticas discriminatórias de gênero. Logo, deixam de ser meritocráticas como acreditam ser.


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Existem mais diversos argumentos que tenho visto em pesquisas de organizações sérias como a ONG americana Catalyst, a consultoria McKinsey and Co, o banco Credit Suisse, universidades do porte de Harvard. 

Alguns apontam maiores resultados financeiros em empresas com participação significativa de mulheres na liderança, o impacto positivo da mudança de cultura que as mulheres podem promover e há também a visão de que mulheres lideram de outra forma, que pode ser mais colaborativa e beneficiar os resultados de negócio.

Esses argumentos estão ganhando força aqui no Brasil. Mais de 90 empresas por aqui já assinaram os Princípios do Empoderamento Feminino da ONU Mulheres e se comprometeram a criar condições para mais diversidade de gênero. 

Fico feliz sempre que fazemos um novo trabalho em uma empresa parceira ao ver que os executivos, não só de recursos humanos, estão vendo que além de ser a coisa certa a ser feita, ter mais mulheres na sua força de trabalho é um baita bom negócio.


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