Microagressões de gênero: o que são e como combatê-las no ambiente de trabalho

21/02/2024

A expressão "microagressões de gênero" vem se tornando parte do dia a dia e do vocabulário de muitas pessoas, afinal quem quer ouvir comentários ofensivos ou ser vítima de atitudes discriminatórias por conta de seu gênero?

Atos de microagressões provocam insatisfação, insegurança, menor produtividade e estresse, além de afetar a saúde emocional e mental.

Mas como combater casos desse tipo nas empresas? É sobre isso que falaremos neste artigo. Continue acompanhando até o final e saiba mais sobre o assunto. Boa leitura!

Entenda o que são microagressões

As microagressões podem ser definidas como interações que se fazem presentes em atitudes rotineiras, carregando insultos ou mensagens depreciativas a um grupo minoritário de pessoas.

Podem ser atos inconscientes (como comentários depreciativos sobre a aparência, o gênero, a orientação sexual e a experiência de vida) ou ações explícitas (como exclusão de uma pessoa em projetos).

De forma geral, elas impactam diretamente a satisfação das pessoas, contribuindo para problemas de produtividade, autoestima e saúde. Reconhecer a microagressão é essencial para saber lidar com esse tipo de situação e combatê-la.


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O que é uma microagressão de gênero?

Ela se refere a atitudes ou ações discriminatórias baseadas em estereótipos, reforçando o preconceito a uma pessoa com base em seu gênero.

Esse tipo de ofensa pode ocorrer no dia a dia, em locais comuns, mas também no ambiente organizacional, prejudicando diretamente o desempenho das pessoas colaboradoras.

As microagressões impactam negativamente a vida de quem as sofre e podem se manifestar de diferentes formas. Confira alguns exemplos:

  • Questionamentos sobre competência: quando se relaciona a capacidade ou conhecimento da pessoa a seu gênero. Exemplo: muitas vezes, mulheres são desacreditadas pela liderança com base na falsa crença de que seu gênero interfere em seu desempenho.
  • Estereótipos como base de categorização: é uma maneira de assumir que determinado gênero tem interesses ou características próprias. Por exemplo, dizer que homens são melhores em matemática ou, ainda, que esporte não é coisa de mulher.
  • Interrupções constantes: quando se tem uma interrupção contínua durante conversas ou reuniões, tentando passar a imagem de que algumas opiniões de determinada pessoa não devem ser consideradas.

Impactos causados pela microagressão de gênero no ambiente de trabalho

No local de trabalho, as microagressões de gênero podem influenciar tanto as pessoas, quanto a cultura organizacional. Impactos esses que podem se dar por um momento ou, em casos mais graves, se tornarem duradouros, afetando a saúde e a performance da pessoa colaboradora.

Desse modo, a microagressão de gênero no ambiente organizacional é responsável por prejudicar:

Autoestima e confiança

Atos de microagressões podem afetar a autoestima e a confiança das pessoas colaboradoras, tendo como resultado a dúvida acerca de suas habilidades e contribuições, afetando o dia a dia no trabalho.

Saúde mental e bem-estar

Podem ocorrer casos de estresse, ansiedade, depressão e sentimentos de isolamento por conta das microagressões de gênero. As vítimas podem ter o sentimento de que não são respeitadas enquanto desempenham suas atividades laborais, impactando drasticamente a saúde mental e o bem-estar.

Motivação profissional

Quando as coisas não vão bem, o desempenho profissional tende a cair, afinal, microagressões de gênero fazem com que aquelas pessoas colaboradoras não sejam reconhecidas, acolhidas ou incluídas.

Segurança e tranquilidade

O receio de enfrentar situações de preconceito torna o ambiente tenso, levando a vítima a apresentar um elevado nível de estresse, um dos possíveis desencadeadores de condições de saúde mental.

Assim, compreende-se que as microagressões de gênero nas empresas podem ter efeitos a longo prazo, tornando o local desigual e prejudicial para todas as pessoas colaboradoras.

Como combater as microagressões no ambiente de trabalho?

Buscar uma cultura inclusiva na empresa vai além da promoção de treinamentos sobre o tema em questão. É importante existir diálogo, entendimento, compreensão e vontade de fazer diferente.

Investir em metodologias ligadas à diversidade, equidade e inclusão pode ser uma boa alternativa para incluir o tema no dia a dia. Além disso, alguns cuidados e estratégias podem ser úteis. Confira a seguir.

Práticas de conduta

Como dito, além dos treinamentos, é preciso focar outros métodos – por exemplo, estabelecer práticas que orientem as pessoas sobre como devem agir caso sofram uma microagressão de gênero enquanto trabalham.

Canal aberto e sigiloso para denúncias

É indicado que as empresas tenham canais abertos para denúncias, um local seguro e sigiloso, a fim de que queixas possam ser realizadas, e a vítima não seja hostilizada por ter exposto o que vem passando.

Quando uma denúncia é feita, é possível ter mais legitimidade sobre o ocorrido, promovendo uma solução mais rápida mediante provas.

Participação das lideranças

A liderança deve fazer parte dessa busca pela diversidade, equidade e inclusão, junto ao combate pelo fim das microagressões de gênero.

É essencial que as lideranças participem ativamente da construção de ambientes com mais equidade de gênero, a fim de promover um local de trabalho onde as pessoas colaboradoras se sentiam valorizadas e respeitadas, seja qual for o seu gênero.

Comunicação não violenta (CNV)

A CNV é uma estratégia que pode ser utilizada no combate às microagressões de gênero. Essa ferramenta de comunicação incentiva pessoas colaboradoras a serem mais empáticas, compreensivas e colaborativas. Isso faz com que a equipe se expresse de maneira objetiva sobre o que passam no local em que trabalham.

As microagressões de gênero nas empresas têm um potencial avassalador na vida das pessoas, principalmente para grupos minoritários. Impactos negativos afetam a mente e o psicológico das vítimas, desencadeando o sentimento de insegurança e mal-estar.

É fundamental ter sempre atenção a qualquer ação que venha constranger ou oprimir uma pessoa colaboradora.

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