Racismo recreativo: saiba o que é e por que ele ainda acontece

Você certamente já se deparou com notícias de que jogadores de futebol estavam sendo menosprezados nos estádios, sendo ofendidos com palavras de cunho racista. Mas você sabia que essa reação da torcida é conhecida por "racismo recreativo"?

Esse ato vem maquiado de piadas e brincadeiras, fugindo do humor e indo para o lado de discriminação e ofensas.

Ao longo deste texto será possível entender mais sobre racismo recreativo e o que podemos fazer para acabar com ele. Boa leitura!

Saiba do que se trata o racismo recreativo

Recorrente em inúmeros ambientes, o racismo recreativo pode ser definido como uma ofensa de cunho racial disfarçada de piada.

Essa atitude costuma diminuir pessoas racializadas, fazendo com que se sintam diminuídas pelas características que marcam sua etnia ou raça.

Assim, o racismo recreativo pode ser manifestado de muitas formas e meios diferentes, tudo para que a pessoa agressora se sinta confortável com a situação. Por exemplo, pessoas negras são associadas a macacos, uma mulher negra acaba sendo retratada de maneira sexualizada ou indígenas são apresentados como pessoas preguiçosas.

Se esse ato ofende e é tão negativo às pessoas, por que ainda existem aqueles que o cometem? São várias as possíveis respostas: as pessoas ofensoras "normalizam" a atitude; acreditam que se trata de humor; não se identificam como racistas; e acreditam que, pelo fato de as ofensas não serem diretas e explícitas, podem ser realizadas.

Por que o racismo recreativo ainda acontece?

Infelizmente, o racismo recreativo ainda é tolerado por muitas pessoas que não enxergam o ato como um problema, mas, sim, como uma piada. Em sua maioria, as situações ocorrem em estádios, onde atletas são atacados com gritos racistas, mas ele também está presente em toda a sociedade, no dia a dia.

O termo "racismo recreativo" atua na defesa de que essas brincadeiras não são utilizadas para entreter, mas para diminuir as pessoas. Ou seja, o racismo existe e se manifesta das mais variadas formas, principalmente através da tentativa de "humor".

Justamente por ser algo que tenta se associar ao "engraçado", esse tipo de atitude ainda acontece, afinal, muitas pessoas riem das piadas sem identificar o preconceito que está presente.

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Se causa constrangimento, não é piada!

Inúmeras piadas e brincadeiras aparentemente inofensivas tentam camuflar o racismo recreativo e os comentários são, em sua maioria, associados a características físicas e culturais de uma pessoa.

Por ser algo estrutural, o racismo ainda ocorre muito em forma de humor, reforçando um viés inconsciente construído pela sociedade, em que a agressão é escondida por meio de uma brincadeira.

Geralmente quem realiza esse tipo de piada utiliza a justificativa de que não tem a intenção de ofender. Mas isso não basta, é preciso colocar um fim nessas atitudes.

Entenda como o racismo recreativo pode ser combatido

Como dito, o racismo está enraizado na sociedade e, por esse motivo, é essencial ter cuidado para que falas e comportamentos não o reforcem.

Quando falamos em racismo recreativo, o primeiro passo para combatê-lo é deixar de rir de falas e piadas que diminuem as pessoas, compreendendo que o humor pode ser feito sem causar danos.

Outro ponto importante é a educação. Crianças, adolescentes e adultos reproduzem aquilo que aprendem e presenciam ao longo da vida. Por esse motivo, a educação é a peça-chave para colocar um fim no preconceito.

Por último e não menos importante: existem leis e regras para serem aplicadas nessas situações. No Brasil, por exemplo, a injúria racial se equipara ao racismo, assim já é possível aplicar penas mais rígidas a quem pratica esse tipo de racismo.

Lembre-se: se machuca, ofende ou causa desconfortos, não é piada!

Esperamos que tenha gostado do conteúdo e compreendido melhor sobre esse assunto tão importante e fundamental nos dias de hoje.

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